- CEMIR Comunicação
- 23 de jan. de 2024
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Atualizado: 23 de jan. de 2024
23 janeiro de 2023
Prudence Kalambay, imigrante congoleza, representou o CEMIR no Encontro Nacional de Organizações Lideradas por Refugiados, organizado pela ACNUR, realizado em Brasília, de 15 e 17 de janeiro. O Encontro reuniu 26 organizações de diferentes regiões do Brasil e realizou um debate muito rico em torno da participação social dos imigrantes e refugiados, para identificar desafios e oportunidades e compartilhar informações.
Durante a primeira dinámica, foi feita uma avaliação sobre o que está acontecendo atualmente nas instituições. A representante do CEMIR, juntamente com os representantes de outras Organizações como a Coordenação de Migrantes Haitianos (COMHA), a Associação Coletivo los Venezulanos, O Conselho Indígena Najakara Mooro e Bilongo Tambores Venezolanos, responderam perguntas sobre a consideração da diversidade e necessidades reais da comunidade migrante, o uso de espaços de participação social e as ferramentas existentes nas organizações para lidar com processos de participação comunitária. As respostas da avaliação foram qualificadas com as cores amarelo, verde e vermelho.
Num segundo momento, Prudence, juntamente com representantes das organizações de Mawon, Mães Migrantes Acompañadas , Associação dos Africanos em Curitiva (Bomoko), Associacão Asovembra , Associação dos Venezuelanos do Brasil com sede em Porto Velho Rondônia (Assovenbra), Projeto Social Bilongo e o Conselho Indígena Najakars Mooro discutiram o Eixo 3 e 6.
O eixo 3 que teve como temas principais a interculturalidade e diversidade de diálogo com migrantes e refugiados, as estratégias de abordagem e atendimento com respeito às especificidades da população migrante, refugiada e apatriada e os incentivos a empreendimentos culturais de pessoas migrantes, resultando em três propostas principais: a criação de editais que incentivem empreendimentos culturais e multiculturais, colocar a mediação cultural como regra nas instituições públicas e o direito ao voto para que se tenha representação política real.
O eixo 6 que teve como pontos principais a análise sobre o enfrentamento a violações de diretos e a prevenção e combate a toda forma de violência contra a população migrante refugiada e apatriada, em especial a fenômenos como o racismo, xenofobia, violência doméstica e de gênero, para construir e qualificar politicas setoriais e campanhas de conscientização e sensibilização para prevenir e enfrentar estes tipos de violências. Este eixo gerou como proposta principal a criação de campanhas de conscientização voltadas ao enfrentamento a violências, em meios de comunicação e também em lugares como escolas e comunidades onde podem ser feitas palestras que abordem temas como xenofobia, racismo, violência doméstica, psicológica, de gênero, etc.
Durante o evento, Prudence destacou que as mulheres refugiadas são as que mais têm a falar e para ter uma mudança real elas têm de ser escutadas. Também reiterou ser urgente que as organizações promovam o emprego de pessoas imigrantes com diferentes idiomas e culturas para criar espaços de atendimento com um olhar respeitoso e mais empático para com os imigrantes e refugiados.
Prudence fez questão de salientar o seguinte: “Sou grata porque hoje estou no ACNUR falando e representando, recebi vários nãos, várias portas fechadas, mas nunca desisti, e agora estou aqui e é uma honra. Estou muito feliz por representar o CEMIR.
Redação: Paulina Meza